terça-feira, 3 de abril de 2012

L'orgie de Ménade


No solo enxuto, na terra bruta,
Onde cantos e louvores da noite vulta
Dançavam galhados almas de gente.
Ressaltando em coxas e gemidos
Provando vinho de pés frios e
Os seios em contornos sombrios.

A sua boca em seu instrumento
Na noite onde pernoita a dança
Em que a alvorada semente
Lavava a terra em cálice
E se agarrava ao ventre em investidas
De olhos vazios embriagados extâse. 

Ela gemia nos seus cabelos macios
Nas  mãos porém a vulva
Humedecia-lhe os lábios turvos.
- Oh amor meu não somos gente.
Ela dizia na investida ao orgasmo
Que lhe dera a vida do agora.

Na boca escorrida desse vinho incoerente
Olhava no campo o desnudado
Onde envergava o pénis, o legado
A penetrava num bramido estarrecido
O grito da cabra no silêncio face ao céu estrelado.