sábado, 12 de maio de 2012

Le Faune Vin


Arrufos vibrantes na argila
Na nudez do pensamento,
Turvaram lírios no vento
Curvatura da boca contra a rigidez.
Na serpente oscilando louvores
Duas cobras embaciadas no barro
Descera vinho na boca avida
- Pensamento insano!
Diria a copuleta.
Filha de uma horda de bodes
Onde bebera seu cajado
Vira efémera presença, 
O caprico galhado cantando
-Amor, poesia de andorinhas escarlates
Num inverno insubmisso de louvores.
Gosto dela - pensou…-acariciar-lhe-ia
Os peitos tesos, em meus lábios morderia.
Cabelos turvos, olhos de castanheiro...
- Gosto dela - pensou…
-Tocaria a flauta, chuparia a sua senhoria
-Gosto dela - pensou…
Oiço a musica, melodia em silvos
-Shh…aquieta agora…
-Shh…que te penetro.

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